MISSIONÁRIAS
(Moças
americanas que se dedicavam a educação no Brasil)
As
missionárias se despojaram de todas as regalias familiares, para virem a um
país distante e ainda em início de desenvolvimento. Elas trouxeram também, a
visão de um sonho a realizar, encontrando um caminho que só é possível com
espaços que privilegiem o sentir e o sonhar. Elas transformaram um Palacete
familiar em um espaço para reflexão, ação, aprendizado e conhecimento, por que
acreditavam que o pensar e sonhar coloca a mulher na dimensão do futuro.
Miss
Layona Glenn – 1866
a 1969 - Nascida em Geórgia, USA. Veio ao Brasil pela
primeira vez em companhia de Miss Martha Hite Watts em agosto de 1884. Juntas
fundaram o Colégio Americano de Petrópolis, em 1895, na cidade de Petrópolis –
RJ. Educadora pioneira nas Escolas da
Missão Americana de Senhoras Metodista. Por três vezes foi diretora do Colégio
Americano Fluminense, Rio de Janeiro. Os conhecimentos médicos que adquiriu de
seu pai, muito a ajudou por ocasião da febre amarela. Tratou de alunos e
professores doentes e os salvou. Serviu no Instituto Central do Povo, no bairro
da Gamboa RJ na clínica, escola e igreja. Ajudou na Fundação e organização do
Instituto Ana Gonzaga, (orfanato) em Campo Grande , RJ. Aposentou-se em 1934. Voltou ao
Brasil em 1949 e 1955 em visita, novamente em 1966 com seu irmão Mark. Em 1956,
Foi condecorada pelo governo brasileiro, através da sua embaixada em Washington D.C .,
com a Ordem do Cruzeiro do Sul, em reconhecimento pelos 40 anos de serviços
prestados à nossa Pátria. Em sua homenagem o edifício que hoje abriga o
audiovisual recebeu o nome de Edifício Layona Glenn.
Miss
Eliza Perkinson - Nasceu no
Estado de Missouri – USA. Assumiu a
direção do Colégio Americano de Petrópolis em 1901. Ela foi a primeira diretora
administrativa, com função de trazer, para o Rio de Janeiro, o Colégio
Americano de Petrópolis, no qual exercera a direção por 19 anos. O primeiro
pavilhão construído, ainda sob a direção de Miss Eliza Perkinson, foi o
Refeitório, que constava de sala de jantar, copa e cozinha.
Passou, então, a se preocupar com a construção do edifício
que melhor atendesse à necessidade das alunas nos seus estudos. Em 1924, a missionária Eliza
Perkinson, após 30 anos de incansável trabalho dedicado à educação brasileira,
se aposenta, deixando este primeiro edifício erguido, com 2 andares,
biblioteca, auditório e laboratório em fase de acabamento.
Em justa homenagem aquela que tanto se dedicou à sua
construção, o edifício recebeu o nome de Eliza Perkinson (E.P.)
1
Miss
Eva Louise Hyde – nasceu em 1885
e faleceu em 1981.
Depois da jubilação
de Miss Eliza Perkinson, assumiu o seu lugar Miss Eva Louise Hyde, que dirigiu
o Colégio de 1925 a
1952.
Reitora era o
título dado, na ocasião, à Diretora
do Colégio Bennett.
Ela era missionária da Igreja Metodista, educadora por 40
anos no Brasil, co-fundadora e membro de vários grupos ecumênicos educacionais
em nosso país, foi a única cidadã estrangeira a receber a condecoração da Ordem
Nacional do Mérito, no grau de oficial, em 1º de dezembro de 1953.
Além da boa instrução, dava muita atenção às assembléias
de cunho religioso, político e social e incentivava a colaboração das alunas
nas obras sociais. Este espírito de solidariedade cristã tornou-se realidade na
colaboração efetiva das alunas com as obras sociais, tais como o Instituto
Central do Povo, Educandário Romão de Mattos Duarte e muitas outras.
Miss Clara Perry – Foi sucessora de Miss
Belle H. Bennett na presidência da Junta Missionária de Senhoras nos Estados
Unidos. Empenhou-se grandemente no levantamento de fundos financeiros para a
construção de um prédio para ser o internato para alunas do recém-criado Curso
Instituto Técnico – Curso de Formação de Professoras de Educação Religiosa,
Pré-Primário e Economia Doméstica. O Prédio foi Inaugurado em 1942, abrigou
alunas e professoras internas até 1965.
.
MISS BELLE HARRIS
BENNETT (1852 – 1922). Por longos anos presidente da Junta de Mulheres
Metodistas dos Estados Unidos. Em 1913 com Miss M. L. Gibson visitam o Brasil a
fim de estudarem a situação das escolas da Missão e participam da 28ª Sessão da
Conferência Anual Brasileira, em agosto desse mesmo ano na cidade de Belo
Horizonte, MG.
O Rio de Janeiro já colhia os resultados da monumental
obra de Oswaldo Cruz na extinção da febre amarela. O Rio era ideal para a
realização do sonho da Junta Missionária de Senhoras, Animada com a nova
situação Miss Bennett com a participação do Reverendo Dr. H.. Clarence Tucker
procura propriedade para a instalação de um novo colégio.
Solicita o dinheiro
a igreja na cidade de Nashiville, então centro da Missão.
A quantia necessária para a compra não pode ser levantada.
Ela regressa aos Estados Unidos e inicia campanha para a compra de uma
propriedade no Rio de Janeiro.
Durante o Movimento Centenário da Igreja norte/americana
as ofertas aumentaram e o dinheiro necessário para a escola do Rio – 300,000
dólares, ouro americano, torna-se uma realidade. Em 1913,
após a visita ao Brasil, organizou a campanha de que resultou a fundação de um
colégio para moças no Rio de Janeiro.
2
Miss Ruth Dewey Anderson – Filha de John W. Anderson e Mamie G.
Anderson. Nasceu em 29 de abril de 1808. Cursou na Faculdade de Texas State,
onde lecionou alguns anos, logo após fez o curso de Educação Religiosa na
Faculdade Scarrit College for Christian Workers, colando grau de Máster of Arts. Chegando ao Brasil em
1930, lecionou por vários anos no Colégio Americano, onde veio ocupar o cargo
de Reitora por longo tempo. Voltou aos EUA para um ano de férias e em 1946,
especializou-se em
Educação Religiosa , no Union Theological Seminary, NY. Antes
disso substituiu a Reitora do Colégio Bennett, no Rio de Janeiro, durante mais
de um ano. Voltando ao Brasil, Miss Ruth Anderson prestou eficiente auxílio à
administração do Colégio Americano do qual era Reitora Miss Mary Sue Brown. Com
a volta desta para sua Pátria, Miss Anderson voltou a administrar o Americano
como reitora, cargo no qual a morte veio acolhê-la de surpresa em 1949. com
isso abriu-se uma profunda lacuna na administração do grande educandário onde
ela, como Reitora, vinha fazendo admirável trabalho. Além dos inúmeros afazeres
no Colégio, ainda se devotava de todo o coração aos trabalhos da Igreja,
ministrando, especialmente às senhoras, cursos bíblicos de muito valor para elas.
Era também professora da classe de senhoras da Escola Dominical da Igreja
Wesley, e diretora regional da Ordem das Diaconisas, cargo esse para o qual foi
eleita pelo Concílio Regional do Sul.
Ruth
Dewey Anderson viveu para servir, e serviu com eficiência e ternura.
Assinalados serviços prestou à Educação, à Igreja e ao Brasil.
Períodos
em que exerceu a Direção Geral do Colégio Americano: 1934 a 1935 – 1940 a 1945 – e em 1949.
Hugh Clarence Tucker – O missionário Rev. Hugh Clarence Tucker (1857 / 1856),
chegou ao Brasil em 1886. Iniciou sua carreira como pastor da comunidade norte
americana no RJ, que se reunia na Capela Metodista na Praça José de Alencar.
Capela existente até hoje, ao lado do atual templo da Igreja Metodista do Catete,
muito descaracterizada pelas constantes obras. Nesta mesma ocasião começou a
trabalhar como agente da Sociedade Bíblica Americana e teve oportunidade de
percorrer grande parte do território brasileiro, o que lhe permitiu conhecer de
perto a realidade política, social e econômica do país.
Ele
residia na Rua Paissandu, bom conhecedor da cidade, indicou para a Junta
Missionária de Senhoras, a residência de Dr. Miguel Couto e em 1919 as missionárias
adquiriram o Palacete São Clemente.
O Rev. Tucker trabalhou muito pelo bem estar
social de nossa população. Ele iniciou o trabalho no Instituto Central do Povo,
na Gamboa.. tendo participado das campanhas sanitaristas do Dr. Oswaldo Cruz,
de quem tornou-se amigo.
Em 1941,
deram seu nome ao Auditório, que acabara de ser construído no Prédio Erasmo
Braga.
Miss Sarah Dawsey -
Assumiu a direção do Colégio Bennett de 1955/1959 e de
1961 a 1965. Filha de missionários norte/americanos metodistas que trabalharam
no Brasil durante 40
3
anos, Miss Sarah nasceu em Piracicaba, Estado de São Paulo
e fez até os 14 anos, os seus estudos no Brasil, indo em 1929 para os Estados
Unidos de onde só regressou em 1934.
Lecionou no Colégio Izabella Hendrix, em Belo Horizonte.
Nos EEUU se especializou em Educação Primária
e Pré-Primária no Peabody College, Nasville – Tennessee. Fez vários cursos de
especialização em Pré-Primário e ensinou em Washington D.C. ,
de setembro de 1940 até junho de 1041. Retornando ao Brasil.
Organizou e dirigiu a Escola Maternal, que seria
escola-laboratório do Instituto Técnico do Bennett, recém inaugurada. Com
várias especializações para formação de professoras para Escola Pré-Primária atuou
e marcou época, na educação pré-primária brasileira.
Heloisa Marinho – (brasileira) Edifício
Heloísa Marinho (Prédio anexo ao Erasmo Braga), construído em 1950 pelo
Engenheiro Dr. Américo R. Campello – REBECCHI LTDA - Gestão: EVA LOUISE HYDE.
Em 1980,
o então Diretor-Geral, Rev. Acir Goulart, numa homenagem á Heloísa Marinho, deu
ao anexo o nome de EDIFICIO HELOISA MARINHO.
Uma
placa, à direita da entrada principal, diz o seguinte:
“À notável pioneira Heloisa Marinho, cinqüenta anos na vanguarda da
educação Pré-Escolar no Brasil, a homenagem carinhosa do BENNETT no seu
sexagenário.
12 de outubro de 1980.”
HELOISA MARINHO (1902...). Ex aluna do Bennett. Primeira
turma do curso de Madureza – 1923.
Ajudou
Miss Eva L. Hyde no planejamento e fundação do Instituto Técnico em 1941, curso
de formação de professoras de Pré-Escolar, professoras de Educação Doméstica,
professoras de Educação Religiosa. Em 1942 com Miss Sarah Dawsey ajudou na
fundação do Departamento de Pré-Escolar, pioneiro no Brasil.
Miss Anita Harris – Assumiu a Reitoria do
Bennett em 1953. Americana de nascimento e brasileira pelos anos dedicados a
educação no Brasil.
Em 1954 abriu as portas do col[egio, pela primeira vez,
para o Congresso de Inspetores do Ensino Secundário. Durante a sua gestão o
Instituto Técnico cresceu e ganhou o
reconhecimento oficial; a Escola de Música Sacra ganhou novo órgão que deu novo
entusiasmo as suas atividades sob a orientação do Prof. Albert Ream. No final
de 1954, Miss Anita Harris viajou de férias para os Estados Unidos aceitando
novos desafios por lá, não voltando mais ao Brasil.
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