HINO AO BENNETT
Prof. Ismael de
França Campos
Foi em 1941 que escrevi o Hino ao Bennett. Até então,
cantava-se outro Hino, com letra de Basílio de Magalhães e música de Francisco
Mignone. A música era bonita, mas a letra muito pobre.
Desejei, por isso, escrever outro hino, que falasse das
tradições do Colégio, de sua história, suas realizações, seus ideais e seus
fundadores. Se a música devia ser empolgante e marcial, a letra, por sua vez,
devia ser elevada. Seria um hino audaz, ou audacioso, juvenil e triunfal,
falando-nos altaneiramente (orgulhosamente) do Bennett, como lar, oficina de
formação de caráter, luzeiro ou fanal, alumiando-nos o caminho do presente e do
futuro. Traduzi esse sentimento ou essa esperança, nos quatro primeiros versos
da primeira estrofe:
ALMA MATER,
TEU HINO DE GLÓRIA
SEJA AUDAZ,
JUVENIL, TRIUNFAL!
ALTANEIRO,
NOS FALE DA HISTÓRIA
DESTA CASA,
OFICINA E FANAL.
Quanto às tradições do Colégio (Festa da Campanha, banquetes
de formatura, classe-lar, Círculo de Pais e Professores, chás as diplomandas etc.),
seus fastos ou registros históricos, seus ideais de honestidade e perfeição,
seu nome, e o nome que nos dá, de Bennettense, quanto a isso tudo, procurei por
nos quatro seguintes versos o que me transfundia da alma,
TU NOS
DESTE UMA HERANÇA SAGRADA:
TRADIÇÕES, FASTOS, NOME, IDEAIS;
E OS
LAURÉIS DE UMA ETERNA CRUZADA
DE
CAMPANHAS DO BEM – IMORTAIS.
Na segunda estrofe do hino, procurei prestar homenagem aos
missionários fundadores do Colégio (Mensageiros da Cruz), que tendo-o firmado
sobre o solo (nos granitos da imensa nação), quiseram-no sempre elevado (exaltado)
quanto às virtudes, ou melhor, elevado por suas virtudes, por suas diretrizes
seguras e corretas. E por que esses missionários são exemplos do bem servir e
constantemente nos ensinam a só fazer o bem, a dar e servir, proclamando sempre
a justiça, procurei também, através dessa segunda estrofe, mostrar que não
aprendemos no Bennett apenas as ciências, as letras e as artes, mas tudo aquilo
que esses Mensageiros da Cruz nos ensinam com seu exemplo:
MENSAGEIROS DA CRUZ TE FIRMARAM
NOS GRANITOS DA IMENSA NAÇÃO;
NAS VIRTUDES, PORÉM TE EXALTARAM,
AUGURANDO AO PORVIR PERFEIÇÃO.
A BONDADE E A JUSTIÇA REPARTES,,
ENSINANDO-NOS DAR E SERVIR,
NAS CIÊNCIAS, NAS LETRAS, NAS ARTES,
ES A LUZ QUE NOS VEM CONDUZIR.
E porque as assembléias, assim as de caráter cívico como as
religiosas, constituem característica distintiva do Colégio Bennett, além de
serem uma inspiração para viverem bem, viveremos cristã e patrioticamente, com
as lições que ali aprendemos, dos heróis da Escritura Sagrada, e dos grandes
vultos do Brasil e de todo o mundo, escrevi também uma terceira e última
estrofe, em que há referência a essas duas espécies de reuniões:
SE RECORDAS, NO ALTAR DO CIVISMO,
NOBRES FEITOS DA TERRA GENTIL,
COM FULGOR DE VERAZ PATRIOTISMO,
ARDE A CHAMA DE FÉ NO BRASIL;
SE CONSAGRAS À MENTE DIVINA
HOMENAGENS DE GRAÇA E LOUVOR,
NOSSAS ALMAS O ETERNO ILUMINA,
COM LAMPEJOS BENDITOS DE AMOR.
O Bennett, sempre estimado, vive no coração de seus filhos. È um querido lar,
onde alunos, professores e funcionários, em feliz convivência, consideram-se,
com razão e orgulho, membros de uma só família. Nele todo o estudo, todo o
trabalho, toda a realização visam, em última análise, o amado Brasil, para cuja
grandeza fora erguido como majestoso lampadário. Daí o refrão:
SALVE! BENNETT QUERIDO,
NOSSO LAR DE BENÇÃOS MIL.
QUAL LUZEIRO FOSTE ERGUIDO
PARA A GLORIA DO BRASIL.
Nota: A música deste hino foi composta por Janette Bueno,
que era, então aluna da 5ª série ginasial. Foi isso em fins de 1041.
Teresópolis, setembro de 1970
Ismael de França Campos
TENHO MUITO ORGULHO DE TER CANTADO ESSE HINO POR UMA DÉCADA!!!!!!!!!
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ResponderExcluirOlá, Boa tarde.
ResponderExcluirMeu nome é Guilherme, sou estudante/pesquisador da graduação de Matemática da Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) e estou escrevendo um artigo sobre a vida profissional do Professor Ismael França Campos que lecionou no então Colágio Bennett e também no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro. Gostaria de saber se haveria alguma história interessante sobre o professor Ismael França Campos, algum relato ou documento do período em que lecionava que pudesse agregar ao meu estudo.
O objetivo do estudo é caracterizar o mesmo como um expert da profissão docente.
Atenciosamente, Guilherme.