quinta-feira, 16 de agosto de 2012

HINO AO BENNETT


HINO AO BENNETT

Prof. Ismael de França Campos


Foi em 1941 que escrevi o Hino ao Bennett. Até então, cantava-se outro Hino, com letra de Basílio de Magalhães e música de Francisco Mignone. A música era bonita, mas a letra muito pobre.
Desejei, por isso, escrever outro hino, que falasse das tradições do Colégio, de sua história, suas realizações, seus ideais e seus fundadores. Se a música devia ser empolgante e marcial, a letra, por sua vez, devia ser elevada. Seria um hino audaz, ou audacioso, juvenil e triunfal, falando-nos altaneiramente (orgulhosamente) do Bennett, como lar, oficina de formação de caráter, luzeiro ou fanal, alumiando-nos o caminho do presente e do futuro. Traduzi esse sentimento ou essa esperança, nos quatro primeiros versos da primeira estrofe:

ALMA MATER, TEU HINO DE GLÓRIA
SEJA AUDAZ, JUVENIL, TRIUNFAL!
ALTANEIRO, NOS FALE DA HISTÓRIA
DESTA CASA, OFICINA E FANAL.

Quanto às tradições do Colégio (Festa da Campanha, banquetes de formatura, classe-lar, Círculo de Pais e Professores, chás as diplomandas etc.), seus fastos ou registros históricos, seus ideais de honestidade e perfeição, seu nome, e o nome que nos dá, de Bennettense, quanto a isso tudo, procurei por nos quatro seguintes versos o que me transfundia da alma,
                     
TU NOS DESTE UMA HERANÇA SAGRADA:                      
TRADIÇÕES, FASTOS, NOME, IDEAIS;                    
E OS LAURÉIS DE UMA ETERNA CRUZADA
DE CAMPANHAS DO BEM – IMORTAIS.

Na segunda estrofe do hino, procurei prestar homenagem aos missionários fundadores do Colégio (Mensageiros da Cruz), que tendo-o firmado sobre o solo (nos granitos da imensa nação), quiseram-no sempre elevado (exaltado) quanto às virtudes, ou melhor, elevado por suas virtudes, por suas diretrizes seguras e corretas. E por que esses missionários são exemplos do bem servir e constantemente nos ensinam a só fazer o bem, a dar e servir, proclamando sempre a justiça, procurei também, através dessa segunda estrofe, mostrar que não aprendemos no Bennett apenas as ciências, as letras e as artes, mas tudo aquilo que esses Mensageiros da Cruz nos ensinam com seu exemplo:

MENSAGEIROS DA CRUZ TE FIRMARAM
NOS GRANITOS DA IMENSA NAÇÃO;
NAS VIRTUDES, PORÉM TE EXALTARAM,
AUGURANDO AO PORVIR PERFEIÇÃO.
A BONDADE E A JUSTIÇA REPARTES,,
ENSINANDO-NOS DAR E SERVIR,
NAS CIÊNCIAS, NAS LETRAS, NAS ARTES,
ES A LUZ QUE NOS VEM CONDUZIR.

E porque as assembléias, assim as de caráter cívico como as religiosas, constituem característica distintiva do Colégio Bennett, além de serem uma inspiração para viverem bem, viveremos cristã e patrioticamente, com as lições que ali aprendemos, dos heróis da Escritura Sagrada, e dos grandes vultos do Brasil e de todo o mundo, escrevi também uma terceira e última estrofe, em que há referência a essas duas espécies de reuniões:

SE RECORDAS, NO ALTAR DO CIVISMO,
NOBRES FEITOS DA TERRA GENTIL,
COM FULGOR DE VERAZ PATRIOTISMO,
ARDE A CHAMA DE FÉ NO BRASIL;
SE CONSAGRAS À MENTE DIVINA
HOMENAGENS DE GRAÇA E LOUVOR,
NOSSAS ALMAS O ETERNO ILUMINA,
COM LAMPEJOS BENDITOS DE AMOR.

O Bennett, sempre estimado, vive  no coração de seus filhos. È um querido lar, onde alunos, professores e funcionários, em feliz convivência, consideram-se, com razão e orgulho, membros de uma só família. Nele todo o estudo, todo o trabalho, toda a realização visam, em última análise, o amado Brasil, para cuja grandeza fora erguido como majestoso lampadário. Daí o refrão:

SALVE! BENNETT QUERIDO,
NOSSO LAR DE BENÇÃOS MIL.
QUAL LUZEIRO FOSTE ERGUIDO
PARA A GLORIA DO BRASIL.

Nota: A música deste hino foi composta por Janette Bueno, que era, então aluna da 5ª série ginasial. Foi isso em fins de 1041.

                                       Teresópolis, setembro de 1970


                                          Ismael de França Campos
                              Prof.de Matemática do Colégio Bennett



3 comentários:

  1. TENHO MUITO ORGULHO DE TER CANTADO ESSE HINO POR UMA DÉCADA!!!!!!!!!

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  2. Olá, Boa tarde.
    Meu nome é Guilherme, sou estudante/pesquisador da graduação de Matemática da Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) e estou escrevendo um artigo sobre a vida profissional do Professor Ismael França Campos que lecionou no então Colágio Bennett e também no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro. Gostaria de saber se haveria alguma história interessante sobre o professor Ismael França Campos, algum relato ou documento do período em que lecionava que pudesse agregar ao meu estudo.
    O objetivo do estudo é caracterizar o mesmo como um expert da profissão docente.
    Atenciosamente, Guilherme.

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